sexta-feira, 8 de abril de 2011

Gôsto grosso

Hoje fui à biblioteca. Dei um rolê com meu amigo Zildo. Fomos ver o bosque, pensar, fumar, jogar conversa fora. Na volta, sem querer, encontrei uma menina linda, mais doce que açúcar, com quem eu to saindo.
Não fiquei muito com ela, porque já tava indo pra casa, pois as idéias pra escrever estavam pipocando. Cheguei em casa e meu irmão mais novo tava tomando algumas das pérolas do mundo fermentado. Fui presenteado com um copo da Strong Goldem Ale, da Eisenbahn. Peguei o copo, liguei a máquina e sentei. Eu tinha voltado, e a tinha deixado pra escrever.
Acontece que eu não consigo escrever sobre uma ideia que tive, mas só sobre uma ideia que estou tendo. As vezes o tempo de ligar o computador é o suficiente para que eu não consiga mais escrever. Tal qual, ja nem me lembrava quais eram as tantas idéias que eu tanto estava tendo. Mas a vontade de escrever ainda tava lá e a Strong exerceu todo o seu poder, e exigiu algumas palavras.

Gôsto grosso
Strong golden ale…. Mel, profundidade e paixão engarrafada. Melhor ainda se despejada sobre uma colcha de fumaça de cigarro deixada há pouco, impregnada, mas ainda fresca em seu ranço. Puta merda, como esse gosto é bom! Não é gosto fácil. Meninos  não o aguentarão, mulheres também não, mas minha boca se alimenta melhor de sabores extremos, grossos e estridentes. Meu amor, eu preciso de gostos amargos, pra balancear a doçura dos teus beijos. Pruma alma pesada, tua leveza pode dar vertigem, e as vezes preciso de uma âncora.
A liberdade artística permitiu a alteração da palavra no titulo, para evitar más interpretações. Haha

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